Capa
Volume 23 / Fascículo 3
Julho 2000
Descarregar revista
Sem aspirar a fazer a história dos últimos 25 anos da Sociedade Portuguesa de Física, o autor dá a conhecer, através de um depoimento pessoal, a sua experiência de um quarto de século como dirigente e membro activo da sociedade.
A ciência (mesmo a grande) tem de ser para todos, mas em especial para gente pequena. É tempo de vulgarizar o ensino da Física Moderna e não deixar que no secundário a Física pareça cristalizada nos séculos XVIII e XIX. Até porque o “Discovery Channel" está aí e a escola não pode perder a iniciativa.
Temos para contar uma história que mostra que há sempre coisas novas a descobrir, inesperadamente, mesmo nos assuntos aparentemente mais simples. O nosso exemplo mostra como um assunto básico (muito básico) de Física Clássica pode abrir uma porta para se voar na direcção das coisas “difíceis”, as da Física Quântica, que se deixam na gaveta para reserva dos cursos “avançados”.
A diminuição do número de estudantes de Física e a escassez de financiamentos começam a preocupar a comunidade dos físicos dos países industrializados, o que não deixa de constituir uma ironia amarga quando se pensa que o aumento da prosperidade desses países se deve, precisamente, à... Física. Mas não há razões para considerar que esta se encontra ameaçada, pois o mundo não acabou para a Física.
Apesar da escassez de recursos e de meios financeiros, a investigação em Física em Portugal é muito boa, o que faz dos investigadores “heróis”, considera Carlos Matos Ferreira, professor catedrático de Física do Instituto Superior Técnico e coordenador do painel de avaliação das unidades de investigação na área da Física, desde 1996, no âmbito do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Considerando que a maior parte da investigação em Portugal se faz nas universidades, preconiza a existência de um Ministério da Ciência e Tecnologia que assegurasse também a tutela das universidades, porque isso “era mais fácil e mais integrador”. O actual modelo, afirma, está “desajustado” e obriga “a uma espécie de desdobramento de personalidade do professor-investigador”. Na entrevista que deu à “Gazeta”, é ainda de opinião que os físicos deviam fazer ouvir a sua voz de forma mais organizada e profissional junto das instâncias de decisão nacionais e internacionais.
Novos programas do 10o ano || Nova classificação das unidades de investigação || Mestrado em Física da Matéria Condensada (Teórica e Computacional)|| “Workshop” em Évora|| ntrada de Portugal no ESO || Forum de cientistas em Faro || Espectroscopia em Coimbra || Cosmologia em Lisboa e Cascais || Computação no Porto || Novo Ministro da Cultura estudou Físico-Químicas|| Novos projectos “Sapiens” || Colóquio sobre “Tempos e Imagens” || Novo número da “Revista de Educação”
Uma aparente violação da Segunda Lei da Termodinâmica || Medido melhor valor da constante gravitacional... || ... E a gravidade à escala sub milimétrica || Campos magnéticos dentro de supercondutores || Lasers do tamanho de mícrons || Partículas magnéticas em rotação livre || Genes e medicamentos em bolhas activadas por ultra-sons || Deutério metálico || Isótopos não têm que ser radioactivos || Mini-Terra criada no laboratório || Primeiras colisões no RHIC || Locomotivas à escala atómica || Projecto do Genoma Humano || Há água em Marte? || Vencida a barreira da velocidade da luz? || Como produzir anamorfoses
Comentário à proposta de reorganização curricular do Ensino Básico || Prémios para alunos do Secundário || Projecto “Experimenta” em Leiria || Actividades para as escolas e público || Física 2000 || Leon Lederman na Figueira da Foz || Workshops e outras actividades do 10o Encontro Ibérico para o Ensino || Brincar com a ciência || O que é a “Physics on Stage”? || Humor Queda sem gravidade*
Olimpíadas Nacionais de Física || Olimpíadas Internacionais
“Aprendizagem pela Acção”, 2 vols., de Robert Germinet, Instituto Piaget, 1999 (prefácio de G. Charpak e posfácio de Leon Lederman) || “Crianças, Investigadores e Cidadãos”, de G. Charpak, Instituto Piaget, 2000. || Nadir Afonso, “Universo e o Pensamento”, Livros Horizonte, 2000. || José Manuel Canavarro, “O que se Pensa sobre a Ciência”, Quarteto, 2000. || J. Félix Costa, “Génese da Revolução Astronómica”, Escolar Editora, 2000. || T. Fliessbach, “Curso de Física Estatística”, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. || Eduarda Gonçalves (org), “Cultura Científica e Compreensão Pública”, Celta, 2000. || Eduarda Gonçalves (org), “Cultura Científica e Compreensão Pública”, Celta, 2000. || John Gribbin, “Em Busca de SUSY. Supersimetria e a Teoria de Tudo”, Bizâncio, 2000. || Joel Mintzes, James Wandersee e Joseph Novak, “Ensinando Ciência para a Compreensão – uma Visão Construtivista”, Plátano, 2000. || OECD, “As Tecnologias do Século XXI: Ameaças e Desafios de um Futuro Dinâmico”, OECD e GEPE do Ministério da Economia, 2000.
Como professora de Física em exercício numa escola secundária pude identificar alguns problemas relacionados, por um lado, com a aprendizagem e o desenvolvimento de capacidades dos alunos e, por outro, com a implementação dos currículos de Física no básico e no secundário.

© 2019 Sociedade Portuguesa de Física