Capa
Volume 22 / Fascículo 3
Setembro 1999
Descarregar revista
Existem soluções das equações de Einstein que descrevem túneis ou wormholes transitáveis no espaço-tempo. Poder-se-á utilizar uma geometria destas para efectuar viagens interstelares rápidas? Esta questão tem sido avançada nos últimos tempos. No entanto, a matéria que constitui um tal wormhole (transitável) tem densidade de energia negativa, o que viola algumas condições de energia fundamentais. Por isso, ela se designa por matéria exótica. Apesar desta e doutras dificuldades, não existe uma prova irrefutável da inexistência de wormholes, pelo que nada nos impede de os considerar possíveis.
Descrevemos a fundamentação e realização de um estudo conduzido em ambiente de sala de aula, numa perspectiva construtivista da aprendizagem. Esse estudo constou da concepção, concretização e avaliação de um conjunto de estratégias didácticas para o ensino de tópicos de Electricidade, integrados na unidade “Produção, Distribuição e Utilização da Electricidade”, da disciplina de Ciências Físico-Químicas do 8º ano de escolaridade. A perspectiva de ensino subjacente enquadra-se no denominado movimento das concepções alternativas. Damos uma especial relevância às estratégias didácticas concebidas com recurso ao trabalho experimental. Os resultados obtidos evidenciam as potencialidades desse tipo de estratégias.
Professor Associado e Agregado do Instituto Superior Técnico, José Luís Martins (ver o currículo em www://bohr.inesc.pt/~jlm) é o físico português com maior número de citações nas revistas científicas de todo o mundo. Na lista dos 1120 físicos com maior número de citações de 1981 a 1997 é, aparentemente, o único português (http://fluo.univ-lemans.fr.8001/1120physiciens.html). Formado na Suíça, com uma carreira de investigação que se divide por aquele país europeu e pelos Estados Unidos, e um dos maiores especialistas mundiais em estrutura electrónica de sólidos e moléculas, decidiu voltar a Portugal em 1992. Explica porquê na entrevista que deu à “Gazeta”, onde fala também das diferenças entre o ambiente da investigação universitária no nosso país e no estrangeiro.
Estudantes do Porto dão curso de Astronomia; Provas na Universidade de Aveiro; Provas na Universidade de Coimbra Dinâmica da Cisão; Hadrões para a Saúde; Física em Colisão; Formação contínua de professores em Coimbra; Escola de Física do CERN; Física de Astropartículas; Alteração dos planos curriculares da licenciatura em Física em Coimbra; Simulação de processos biológicos; Provas nacionais de Física do 12º ano; Museu de Física; Projectos em curso; Mestrados no Departamento de Fisica da Faculdade de Ciências de Lisboa em 1998 e 1999; Questões de Física;
O domínio da matéria e a estranha seta do tempo; Novos jornais europeus; Físicos na política; Tendências da Física; “Ranking” de Departamentos de Física; Primeiro passo para o Nobel da Física; Centro Europeu de Cálculo Atómico e Molecular; Prémio Hewlett-Packard EPS; Reunião bienal em Valência; Participação Portuguesa na ICPS’99; Gás de fermiões quase ao zero absoluto; Visualizando orbitais electrónicas; Computadores quânticos fazem primeiras simulações; O telescópio Chandra de raios-x; Prémio Nobel da Física para os holandeses ‘t Hooft e Veltman
25 anos SPF; Física 2000; Sócios honorários da SPF; Eleição para a IUC; Palestras na Delegação Regional do Centro; Palestras no Museu da Ciência
Alguns dos projectos “Ciência Viva” (Av. Combatentes, 43-A, 10º B, 1600 Lisboa, Tel. 21 7270228, Fax. 21 7220265, ciencia@ucv.mct.pt e http://www.ucv.mct.pt), financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, situam-se na área das Ciências Físico-Químicas. Eis os resumos de alguns dos projectos sobre os quais nos chegou informação.
A Secção “Olimpíadas de Física” é coordenada por José António Paixão e Manuel Fiolhais. Menção honrosa na XXX Olimpíada Internacional de Física; Olimpíadas Ibero-Americanas de Física; Olimpíadas Nacionais 1999;
O guia dos eclipses; Ciência, a Anatomia do Maravilhoso; Diálogos sobre Portugal; SETI procura extraterrestres;
As universidades em Portugal gozam de autonomia consagrada na Constituição da República. Contudo, a esta solenidade no plano dos princípios corresponde uma prática pouco autonómica. Desde logo, o acto mais importante da vida da universidade, a escolha dos seus professores, está balizado por um diploma legal, designado por estatuto da carreira docente, negociado entre o Estado e os sindicatos sem que a instituição universidade tivesse tido qualquer interferência. Apesar da tradição, não estou convencido de que terá de ser sempre assim. Antes pelo contrário: a realidade muda-se. Por isso, é tempo de abrir um debate sobre estes assuntos. É o que vou procurar fazer aqui.

© 2019 Sociedade Portuguesa de Física