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Volume 14 / Fascículo 3
Setembro 1991
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Apesar da natureza ondulatória da luz ser conhecida há alguns séculos ainda nos reserva muitas surpresas. Tal aconteceu recentemente em estudos de propagação e difusão da luz em meios desordenados: um subtil efeito de interferência de pares de ondas que sofrem as mesmas interaeções com partículas difusoras mas em sequência temporal invertida provoca um aumento substancial da intensidade luminosa difundida por esses meios no sentido oposto ao da luz incidente, podendo mesmo conduzir, em condições extremas, ao confinamento da luz numa região restrita do espaço, isto é, à sua localização.


O IST-TOK foi projectado a partir da estrutura (câmara de vácuo, carapaça de cobre, transformador, bobines do campo magnético toroidal e bancos de condensadores) da antiga experiência «tokamak» TORTUR, da Associação EURATOM-FOM (Rijnhuizen), de Nieuwegein na Holanda, descontinuada em Outubro de 1988. 


Começando por apresentar uma elegante derivação da distribuição de Boltzmann devida a N. C. Barford [1] é mostrado como, mantendo o mesmo baixo nível de sofisticação, dela resulta toda uma série de outras distribuições de uso corrente nos primeiros anos dos cursos de Física.


A generalidade dos alunos considera a electricidade um assunto difícil; tem dela uma imagem negativa que, na maior parte dos casos, persiste para além da idade escolar. A elevada exigência conceptual que caracteriza esta área de conteúdos não consegue, só por si, justificar o rótulo de matéria complicada que os alunos lhe atribuem. Como explicar, então, essa imagem particularmente negativa que, no âmbito da Física, talvez seja apenas suplantado pela Mecânica? Este trabalho pretende encontrar respostas para a questão anterior e, simultaneamente, derivar alguns contributos metodológicos susceptíveis de ajudarem o aluno a superar, com êxito, os obstáculos de aprendizagem que uma tal imagem negativa necessariamente implica.


Analisa-se um método relativamente simples que permite obter no osciloscópio a imagem do ciclo de histerese magnética do material que constitui o núcleo de um transformador. A partir da curva de histerese obtida, calcula-se o campo coercivo do material, a sua indução remanescente, a magnetização de saturação, a permeabilidade relativa e a potência dissipada durante um ciclo completo.


Cultura Tecnológica, conceito-chave

O título do artigo de Anabela Martins, «Inovações na Educação Científica e Tecnológica» parece-nos alimentar um equívoco dado sugerir uma identidade metodológica entre as duas educações, científica e tecnológica, embora seja dito depois (p. 19) que o ensino da tecnologia necessita de ser feito numa disciplina independente. Refere-se (p. 15) que «pelo facto de a tecnologia estar ligada àqueles que produzem trabalho manual, enquanto que a educação é controlada por aqueles que não o fazem, tende-se a dar à tecnologia um estatuto menor do que o da Ciência». 


O prémio Nobel de Física foi este ano atribuído ao Professor Pierre-Gilles de Gennes, um dos físicos mais notáveis, originais e versáteis da actualidade.


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