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Volume 2 / Fascículo 3
Abril 1950
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Ültimamente tem-se verificado um curioso e inesperado fenómeno no nosso País. Vozes diversas, com autoridade umas, com surpreendente ignorância outras, têm levantado de várias tribunas, problemas que, afinal, dizem respeito à Física e de muito perto, por vezes. É o caso, em particular, de variadas e insistentes referências ao aproveitamento da energia atómica e do debate no Parlamento sobre o problema e a crise da investigação científica em Portugal. Parece haver o propósito numa coordenação provàvelmente inconsciente de criar entre nós um movimento de opinião pública capaz, possivelmente o único capaz, de promover, em matéria científica, o que de há muito deveria ter sido promovido.
Resoluções de GLAPHYRA VIEIRA
Temos ouvido falar muito, nos últimos tampos, da contribuição da ciência para a guerra ... Mas êste acontecimento não foi de sentido único; em particular nos países democráticos, a mobilização voluntária e total da ciência, para uma finalidada que os cientistas consideraram consequenta, concorrerá "à la longue" para enriquecer a substância e o método da ciência, tanto como contribuía para a derrota de forças qua teriam tornado a ciência impossível ... "for ever".
Esta Secção existe potencialmente desde sempre na Gazeta de Física. Ao objectivá-la agora pretende-se salientar aos olhos do leitor desprevenido a importância excepcional das aplicações da Física à Biologia. Pode dizer-se que presentemente um laboratório de Biologia, pura ou aplicada, não pode funcionar sem o apoio de um departamento de Física.
Esta secção nova, mais do que qualquer das suas companheiras, destina-se a objectivar, no maior número possivel dos fasciculos a publicar, um dos nossos propósitos de sempre: lutar pela defesa da Física como profissão e criar entre os licenciados em ciências físico-químicas, que se sintam atraídos pela Física e dispostos a aprofundar os seus conhecimentos escolares, um verdadeiro espírito de profissionalismo.
Extrato da tradução do prefácio do livro Optik von Max Born. Tradução de L. Salgueiro
Hace solo cuarenta anos, el estudio de los cristales constituia u n a especialidad cultivada por escaso número de hombres de ciencia. Los mineralogistas empleaban la forma cristalina y las propriedades ópticas para caracterizar las especies mineralógicas, algunos químicos estudiaban las regularidades y las leyes de la cristalización y existian ciertos estudios sobre las propriedades físicas de la materia cristalizada. En lo referente a la estructura, los únicos conocimientos que se tenían eran puramente hipotéticos. La escuela francesa desde Haüy a Friedel habia elaborado hipótesis ingeniosas y cómodas que daban cuenta de las regularidades de la forma de los cristales y algunos matematicos (Schoenflies y Federow) habian estudiado las leyes de la distribución regular y periódica de los átomos en el espacio, pero sin que sus resultados tuviesen otro valor que el de meras teorias.
Resoluções de Marieta da Silveira

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