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Volume 22 / Fascículo 1
Março 1999
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É grande a preocupação actual da humanidade em face dos valores crescentes da concentração de gases intensificadores do efeito de estufa na atmosfera, e do consequente aumento da temperatura média do sistema climático oceano-atmosfera. As grandes incertezas nos valores previstos para este aumento devem-se à própria variabilidade natural do sistema climático a qual depende dos processos de interacções entre o oceano e a atmosfera. Um dos fenómenos que mais espectacular- mente ilustra estes processos à escala interanual é o denominado “EI Nino-Southern Oscillation (ENSO)”, que afecta principalmente a região equatorial do Pacífico e do Indico. Qualquer previsão dos efeitos da variabilidade do clima, desde a escala interanual à escala decadal ou superior, exige um conhecimento profundo do papel crucial que os oceanos desempenham no sistema climático e nas suas flutuações, e em anos recentes, os programas de investigação à escala global e o desenvolvimento de modelos acoplando a circulação da atmosfera à dos oceanos têm aumentado essa capacidade preditiva.


Neste trabalho revêem-se algumas classes de materiais quasi-unidimensionais e suas propriedades electrónicas, à luz do modelo de Hubbard unidimensional. Argumenta-se que tal modelo, apesar da sua simplicidade, contém uma grande riqueza física e é apropriado para o entendimento, pelo menos qualitativo, das propriedades electrónicas dos materiais quasi-unidimensionais.


 

 

EPS-11: Trends in Physics 6 -10 September 1999 London


Uma opinião deixada transparecer em diversos estudos sobre a cultura científica portuguesa do século XVIII é a de que em Portugal se verificou até ao ano de 1772 um manifesto atraso científico-cultural, cuja responsabilidade foi, durante um período muito conturbado da vida cultural portuguesa, atribuída aos jesuítas que detinham a primazia do ensino no país. No entanto, um estudo sobre a actividade científica e pedagógica ocorrida nos Colégios das Artes, em Coimbra, e de Santo Antão, em Lisboa, bem como na Universidade de Évora, ao longo de todo o século XVII e no século XVIII, até ao ano de 1759, permite concluir que em Portugal, antes da Reforma Pombalina, a situação do ensino das ciências físico-matemáticas não foi tão miserável, como o pretendiam defender os seus mais empenhados defensores 1.


No século XVIII, reconhecia-se a imprescindibilidade da observação e da experiência na descoberta das verdades da Natureza e suas leis. Portugal, em estado de isolamento desde finais de Quinhentos, mantinha-se alheado da revolução científica que ocorria nos Reinos cultos. A Reforma da Universidade de Coimbra, regida pelos Estatutos de 1772, é um acontecimento de primacial importância que marca um ponto de viragem na história da educação científica no Reino, nomeadamente, nas áreas da Matemática e da Física. No âmbito desta reforma foi criado um Gabinete de Física Experimental. O que permanece da original colecção de máquinas constitui um exem- I pio magnífico da sofisticação artística e tecnológica dos instrumentos científicos do J século XVIII. Uma das peças mais notáveis desta colecção é a Mesa de Poleni, jj máquina inventada pelo físico italiano Marquês Giovanni Poleni. Este instrumento I destinava-se a determinar directamente a aceleração da gravidade e apresenta um I engenhoso dispositivo adequado à medição de pequenas fracções do segundo. O 1 seu funcionamento, misterioso segundo alguns autores, é aqui elucidado.


Neste artigo, são apresentados e definidos os conceitos fundamentais para a compreensão da Internet por parte daqueles que querem utilizar as extraordinárias possibilidades desta rede mas não podem perder muito tempo a apreender tudo o que ela envolve.


 

No passado dia 21 de Outubro efectuou-se, no Campus Universitário da FCT, no Monte de Caparica, a cerimónia de jubilação do Prof. Doutor Manuel Fernandes Laranjeira, Decano da Universidade Nova de Lisboa. O Prof. Manuel Laranjeira desenvolveu a sua carreira como físico sendo a sua actividade um exemplo de universitário.


Em 1997/98 completaram-se vinte anos sobre o início, em Portugal, do ensino de Engenharia Física.
Tendo começado como uma opção da licenciatura em Engenharia de Produção Industrial, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, nasceu no mesmo ano em que foi criada a Faculdade. Foi depois transformado numa licenciatura com dois ramos, Física e Materiais e, por fim, numa licenciatura autónoma.
O curso teve, desde logo, bastante aceitação, a qual ainda hoje se manifesta por dois factos importantes: o de ter sido progressivamente introduzido em várias outras Universidades, e o de os seus licenciados não terem tido, até ao presente, dificuldades em encontrar colocação no mercado de trabalho, ou terem iniciado empresas de sucesso, no seu domínio profissional. As Universidades onde existem neste momento, licenciaturas em Engenharia Física ou Engenharia Física Tecnológica, são: Coimbra, Técnica de Lisboa, Aveiro, Lisboa e Algarve.


Fac. Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
20-21 de Outubro de 1998

Nestas comemorações foram tratados e discutidos diversos pontos, centrados no propósito de debater a Engenharia Física.
Estiveram presentes as seis Universidades portuguesas onde se lecciona Engenharia, Física e Engenharia Física Tecnológica: Universidade Nova de Lisboa (FCT), Universidade de Coimbra, Universidade Técnica de Lisboa (IST), Universidade de Aveiro, Universidade de Lisboa (FC) e Universidade do Algarve.
Os representantes destas Universidades fizeram uma breve resenha histórica da criação das suas licenciaturas, e apresentaram as diferentes estruturas curriculares, com os seus pressupostos fundamentais


O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) organizou uma magnífica exposição de instrumentos científicos e didácticos que esteve patente ao público desde 13 de Novembro de 1998 até Março último. Esta mostra trouxe novas oportunidades de reflexão para todos os que se interessam pela história da ciência e do conhecimento e pela sua divulgação aos jovens. Mais do que uma colecção de objectos, a exposição — realizada numa escola de engenharia — constituiu uma fonte de estímulo e ensinamentos para docentes, discentes e público em geral.
A maior parte dos instrumentos expostos fazia parte do espólio da Academia Polytecnica do Porto, a instituição que, criada há 150 anos, haveria de dar origem à Faculdade de Ciências do Porto e à Escola Industrial do Porto, esta última antecessora do actual ISEP. O espírito especial e o impacto desta mostra estão bem patentes em alguns extractos elucidativos da ocasião, que aqui transcrevemos


Integrado na Homenagem Nacional que foi prestada ao Prof Doutor José Pinto Peixoto, entre 6 e 10 de Novembro último, teve lugar no Auditório da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa o Simpósio “Prof. Doutor José Pinto Peixoto", no dia 9 de Novembro, data do aniversário de nascimento.
A esta Homenagem associaram-se Suas Excelências, o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, e o Senhor Ministro da Educação, Prof..Doutor Marçal Grilo, que presidiram às Sessões de Abertura e de Encerramento, respectivamente.
A Comissão Organizadora pretende que este Simpósio seja o embrião das futuras “Pinto Peixoto Lectures".

Neste Simpósio participaram, como oradores, colaboradores e discípulos do Prof. Pinto Peixoto reconhecidos internacionalmente como eminentes cientistas na área da Física do Clima.


A Delegação Centro continuou a promover o ciclo de palestras nos Departamentos de Física das Universidades de Aveiro e Coimbra, cujo alvo principal são os professores do ensino secundário, tendo-se realizado desde o início de Janeiro as seguintes comunicações:
“As sociedades Científicas e o Desenvolvimento da Ciência”, pelo Prof. Dr. Manuel Fernandes Thomaz, “O Vídeo no Ensino da Física”, pelo Dr. Alexandre Ramires, e “Olimpíadas de Física 99”, pelo Prof. Dr. Manuel Fiolhais, em Aveiro; “Radioterapia”, pela Doutora Maria do Carmo Lopes, e “Radão: uma perspectíva geológica”, pelo Dr. Jorge Figueiredo, em Coimbra.


 

Os Órgãos Nacionais da SPF foram eleitos na Assembleia Geral realizada em 8 de Março de 1999. Os Órgãos das Delegações foram eleitos pelas correspondentes Assembleias Regionais, realizadas durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 1999.


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