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Volume 15 / Fascículo 2
Junho 1992
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A radiação de transição é um fenómeno que se observa quando uma partícula carregada ou fonte se move com velocidade uniforme e no seu percurso espaço-tempo ocorrem heterogeneidades. A existência deste tipo de radiação está pois associada à variação brusca do campo coulombiano da fonte, que ao passar a fronteira tem que se adaptar a novas condições. A radiação de transição foi prevista teoricamente por I. M. Frank apenas em 1944. O facto da sua descoberta ser relativamente recente deve-se ao preconceito que subsistiu até 1937, data em que a formulação teórica da radiação Cerenkov foi efectuada por Frank e Tamm, de que uma carga com movimento uniforme não radia


Decorria o ano de 1785, quando Coulomb determinou, com a balança electrostática, a lei quantitativa da interaeção entre coipos electrizados. O comportamento qualitativo da electricidade estática já tinha sido estabelecida pelo físico francês Charles du Fay no ano de 1733. A independência do comportamento magnético e eléctrico manifestados pela matéria era ponto aceite pela comunidade científica, uma vez que os «fluidos magnéticos» jamais podiam abandonar a barra magnética, enquanto que os fluidos eléctricos o podiam fazer. No entanto a escola alemã, influenciada pela «Philosophia Natural», acreditava na unidade de todas as forças e procurava uma relação entre a electricidade e o magnetismo, a qual teve decisiva influência no trabalho de investigação de Oersted.


Os aceleradores são instrumentos experimentais desenvolvidos com a finalidade de acumular e acelerar controladamente feixes de partículas carregadas. Estes feixes podem então ser utilizados em experiências de física das altas energias para o estudo da estrutura interna do núcleo atómico e das interaeções entre partículas elementares, ou como fonte de radiação de sincrotrão. Nestas máquinas, introduzem-se partículas carregadas, electrões ou protões, produzidas extemamente por uma fonte, sendo depois aceleradas até atingirem grandes velocidades, nalguns casos muito próximas da velocidade da luz. Alcançada a velocidade máxima para a qual o acelerador foi construído pode-se, por exemplo, forçar a colisão com um alvo ou favorecer a colisão frontal dè partícula contra partícula.


O trabalho aqui proposto faz parte do relatório da aula teórico-prática apresentado por A. Miguel, no âmbito das Provas de Aptidão Pedagógica e de Capacidade Científica, realizadas na Universidade de Évora. Este trabalho pretende medir experimentalmente a condutividade e a difusividade térmica da madeira em regime transitório. Se se admitir que a madeira se comporta como um meio homogéneo e isotrópico onde apenas se considera o transporte de calor por condução, podem aplicar-se certos modelos clássicos de condução de calor em sólidos para descrever o campo de temperaturas na madeira sujeita a determinadas condições aos limites. No caso vertente aplicou- -se um modelo clássico de condução unidimensional de calor em sólidos ao estudo do campo transitório de temperaturas que seria observado numa placa de madeira, inicialmente a temperatura uniforme, quando era accionado o aquecimento, e uma das faces ficava sujeita a um fluxo de calor constante e a outra era mantida isolada.


Provas Regionais

  • Delegação Regional do Porto

Certos materiais, como as ligas metálicas equiatómicas Ni-Ti e ligas à base de Cu-Al-Zn exibem a extraordinária propriedade de memorizarem uma forma (memória simples) e de «aprenderem com o treino» a memorizar duas formas distintas (memória dupla). Ilustremos estes dois efeitos mais detalhadamente.


Regulamento das Olimpíadas de Física - aprovado pelo Conselho Diretivo em 16/07/92


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