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Volume 37 / Fascículo 2
Agosto 2014
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Se me pedissem para nomear uma única grande questão científica do nosso tempo, provavelmente escolheria a seguinte: como surgiu a vida na Terra? Ou, por que não ser mais arrojado: como surgiu a vida no Universo? Porque perceber este mecanismo traz consigo a resposta a muitas outras questões, cada uma delas capaz de alterar radicalmente o nosso conhecimento, a nossa cultura e a nossa percepção do papel que ocupamos no grande esquema das coisas. E a verdade é que vivemos tempos excitantes, em que a ciência começa a ter ferramentas para poder abordar esta pergunta de forma activa.
O estudo do Universo, aquele que se situa para além do pequeno planeta azul, encontra, inevitavelmente, uma limitação fundamental: apenas podemos conhecer o que observamos, e apenas observamos o que os nossos instrumentos e telescópios detectam. Assim, ao longo dos últimos 500 anos, passámos por inúmeros modelos do Universo, à medida que desenvolvíamos para os nossos olhos instrumentos capazes de aumentar a sua capacidade. Telescópios primeiro, detectores de radiação (de várias radiações) de seguida, levaram a que a Astronomia expandisse em muito o seu objecto de estudo, de um “simples” céu repleto de estrela, matemático e preciso, para um (quase) infindável oceano cósmico de objetos e processos interligados pelas leis da Física.
A origem da vida na Terra é uma das grandes questões científicas à espera de ser respondida. As mais recentes teorias sugerem que um fornecimento contínuo de água e moléculas orgânicas pré-biótas seria necessário para a vida ter surgido no nosso planeta. Estes compostos orgânicos poderão ter sido sintetizados no nosso planeta (síntese endógena) ou entregues por cometas, asteroides e meteoritos entre 4,6 e 3,8 mil milhões de anos atrás (entrega exógena). O estudo deste tópico permite obter dados sobre as condições da Terra primitiva, os compostos orgânicos disponíveis e a origem da vida.
A poluição luminosa é um efeito conhecido de todos os que se dedicam, com maior ou menor aprofundamento, às observações astronómicas. O seu efeito perturbador da qualidade do céu acaba por se repercutir a quilómetros de distância...
Peter Galison (n. 1955, Nova Iorque) é um dos historiadores da ciência mais reconhecidos e mediáticos da atualidade. Doutorado em física das altas energias e história da física pela Universidade de Harvard, e agora detentor da prestigiosa cátedra Joseph Pellegrino na mesma instituição, Galison é um scholar prolífico que trabalha sobretudo a história da física moderna e contemporânea.
No dia 24 de Outubro de 2013 passaram 150 anos exatos da inauguração, pelo Rei Dom Luís I, do edifício do Observatório do Instituto Dom Luiz (IDL), a atual torre meteorológica do edifício da Escola Politécnica ainda em uso. Para comemorar este aniversário, o IDL organizou uma pequena exposição com o título “160 anos do IDL: 150 anos do Observatório” que decorreu na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). A exposição apresentou as linhas de investigação atualmente desenvolvidas no IDL e alguns elementos do seu património instrumental histórico.
A astrobióloga Zita Martins, do Imperial College de Londres, estuda a possibilidade de a vida na Terra ter surgido do espaço. Uma evidência para isso será a detecção de nucleótidos, os constituintes do ADN, em meteoritos caídos na Terra. Se tal vier a ser confirmado, seríamos todos extraterrestres no sentido em que a origem da vida estaria fora da Terra... Restaria saber se a origem da vida aqui foi acidental ou se se tratou de “panspermia dirigida”, como defendeu o físico tornado biólogo Francis Crick. E, claro, ficaria por resolver o enigma da origem da vida noutro lado.
Colocar em funcionamento um sistema de receção de frequências ultra baixas (denominadas na sigla inglesa como VLF) de 0 a 96 kHz, suficientemente económico e de fácil construção é, atualmente, uma tarefa acessível a qualquer pessoa com acesso a um computador pessoal. Este é o segundo artigo de uma série dedicada à descrição de atividades destinadas a professores e alunos ensino secundário.
Carlos Fiolhais, professor de Física da universidade de Coimbra, é autor do primeiro trabalho sobre este tema no nosso país. Nele esboça pistas explicativas e define fases no desenvolvimento da Ciência em Portugal. Além do Prefácio e Introdução, o livro divide-se em oito capítulos com diversas figuras e quadros informativos, cruzando uma perspetiva cronológica e temática que agradará ao público culto mas não especialista. Possui ainda uma Cronologia, um Dicionário de Cientistas e Bibliografia.
O meu nome é Marija e sou uma estudante de doutoramento em física dos lasers e plasmas no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa. Venho da Sérvia e vou contar uma história dum sítio mágico, sempre cheio de entusiasmo, mesmo em tempos difíceis de crise ou de guerra... Chama-se “Centro Científico Petnica”. Em Petnica, jovens alunos podem sentir o que é verdadeiramente a ciência e como é o dia-a-dia dum investigador.
Tiveram lugar na Madeira, no passado dia 3 de Maio, as Olimpíadas Regionais de Física.
As XLV Olimpíadas Internacionais de Física decorreram em Astana, a nova capital do Cazaquistão, de 13 a 21 de julho.

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