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Volume 8 / Fascículo 2
Abril 1985
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A atribuição do prémio Nobel da Física em 1984 a Cario Rubbia e a Simon van Der Meer regista e presta homenagem à actividade colectiva, técnica e científica, desenvolvida no CERN que conduziu, ao fim de anos de persistente actividade, ao sucesso final do «projecto p-p» (colisões protão-antiprotão), levando à descoberta das novas partículas W e Z.


O desenvolvimento das técnicas experimentais de difraeção de raios X e de neutrões nas últimas décadas, tem permitido notáveis progressos no conhecimento da estrutura atómica e das propriedades da matéria condensada que são essencialmente determinadas pelas características da distribuição dos electrões atómicos. A designação de «matéria condensada» substitui hoje, cada vez com maior frequência, a de «estado sólido» e abrange de um modo geral sólidos e líquidos, uns e outros caracterizados pelo arranjo espacial regular e ordenado dos respectivos átomos. O que distingue esses dois estados da matéria é que, enquanto nos líquidos a ordem.só existe a «curta distância», nos sólidos ela mantém-se a «longa distância»


No ensino das rotações dá-se muitas vezes o exemplo de uma porta móvel em torno do seu eixo, sob a acção de uma força aplicada F, encontrando-se frequentemente a afirmação que «a força de reacção do eixo sobre a porta é sempre igual e oposta à força aplicada, constituindo-se um binário de forças a actuar sobre a porta». Tal afirmação está em geral errada, analisando-se aqui várias situações ilustrativas, com ou sem atrito entre a porta e o eixo.


A reformulação dos programas do ensino secundário de Física-Química é tarefa urgente, pois desde 1975 que vigoram programas «provisórios» os quais apresentam graves deficiências. A não existência de Física-Química no 7.° ano de escolaridade provoca não só uma interrupção na aprendizagem de noções importantes, como também dificulta a aquisição de conhecimentos básicos e a compreensão de outras disciplinas, nomeadamente as de Ciências da Natureza e Geografia. Impossibilita ainda qualquer trabalho interdisciplinar com estas mesmas disciplinas, trabalho esse que seria de extrema utilidade nesta fase da aprendizagem.


O Ensino Assistido por Computador é analisado segundo as diferentes aplicações em uso: cursos programados, universos físicos controláveis e jogos educativos, laboratórios assistido por computador. Para cada uma delas procura-se identificar a área de utilização e a formação exigida ao professor. Por fim propõe-se uma estratégia de desenvolvimento de aplicações de ensino assistidas por computador.


No presente fascículo da Gazeta de Física são apresentados os planos de estudo destinados especificamente à formação de professores. Como na primeira parte desta colectânea (Gaz. Fis. 8, 32-37), adoptou-se uma ordenação alfabética.

 No caso das Universidades de Coimbra, Lisboa e do Porto os planos dos dois primeiros anos são comuns às respectivas licenciaturas em Física o que, só por si, implica que não contenham quaisquer matérias de Ciências da Educação. Pelo contrário, nos cursos de formação de professores das Universidades de Aveiro, Évora e Minho existe, desde o primeiro ano, uma componente ciências da educação. Para além deste facto há, mesmo dentro de cada grupo, orientações e soluções muito variadas.


Caro leitor. Convite após convite continuamos a manter a expectativa de que nos envie umas folhas ou umas linhas onde relate observações das coisas à sua volta, o que certamente tornaria esta coluna deveras interessante.
Entretanto, e ao contrário do habitual, junto vão algumas questões e perguntas a propósito dum objecto doméstico. O aquário!
A beleza decorativa de um aquário proporciona naturalmente um prazer e um convite à meditação, fruto do harmonioso equilíbrio cromático e de movimentos que normalmente exibe, no contexto de um complexo e subtil equilíbrio biológico. Que fenómenos físicos se «esconderão» por detrás dos vários processos observáveis num aquário?


Este dispositivo com 100 anos de idade é pouco conhecido. Curiosamente foi o editor científico da revista LIFE o primeiro, em 6 de Março de 1884, a escrever acerca da sua teoria e aplicação.


Bons livros de Física e livros de Física menos bons, eis a questão. Saber distinguir entre uns e outros nem sempre é tarefa fácil. Talvez por isso tem sido escassa entre nós a crítica de livros científicos, não obstante a utilidade informativa e pedagógica que tem. Com esta página de crítica pretende a Gazeta (de Física) informar regularmente os seus leitores sobre os textos de Física, não necessariamente em língua portuguesa, que vão aparecendo nas nossas livrarias. Neste número são apresentadas críticas de quatro livros editados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Foi intencional esta escolha, que pretende ser uma homenagem à actividade editorial da Fundação, a qual muito tem contribuído para o «despertar» da Física em Portugal.


  • FÍSICA 84-GRUPOS DE TRABALHO (*) Micro e Minicomputadores na Instrumentação em Física
  • Micro e Minicomputadores no Ensino em Física
  • Física na Escola Secundária dos Olivais
  • Delegações regionais

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