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Volume 42 / Fascículo 4/5
Fevereiro 2020
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Desde há muito que o universo tem fascinado a humanidade.
Ao longo das gerações, olhando para as estrelas, diferentes civilizações têm-se questionado de que é feito o universo; qual o seu tamanho; que lugar ocupa nele a Terra. Desde cedo que os seres humanos se aperceberam da existência de padrões e ciclos nos movimentos dos diferentes objetos celestes.
Por um lado, observaram astros que executam percursos alargados ao longo do céu (os planetas).
Por outro, aperceberam-se da existência de um fundo de estrelas “fixas”, que se movem em conjunto na esfera celeste. Seguindo as posições delas, foi possível desenvolver, entre outros, calendários, tão importantes para a previsão do desenrolar das estações ano, e métodos de orientação para viagens marítimas.


A descoberta de outros mundos, planetas a orbitar outros sóis, apaixonou filósofos e cientistas ao longo de toda a história da humanidade. A curiosidade associada inspirou livros e filmes, tornando-se parte do imaginário de todos nós. O prémio Nobel da Física deste ano premiou quem ousou mostrar-nos que de facto esses mundos existem, uma descoberta que abriu caminho para o que é hoje uma das áreas de maior impacto na astrofísica moderna.


Metade do prémio Nobel da Física de 2019 foi atribuído a James Peebles "por descobertas teóricas em Cosmologia Física” (fig. 1).
Este é um prémio para a Universalidade das leis da Física que, na Cosmologia, encontraram uma aplicação no entendimento do maior dos sistemas Físicos: o Universo como um todo.
 


Este artigo resultou de uma palestra proferida em várias instituições nacionais ao longo de 2019*, no âmbito das comemorações dos 150 anos da Tabela Periódica. Trata-se de uma homenagem musical à genial criação de Dmitri Mendeleiev.

Após uma breve nota histórica sobre os quatro elementos da Antiguidade, faz-se um percurso pela Tabela Periódica em que vários elementos químicos são ilustrados com óperas.


Neste artigo tratamos da expedição organizada pelo Observatório Nacional brasileiro enviada para a cidade de Sobral, no Estado do Ceará, associada ao eclipse total do Sol, ocorrido em 29 de maio de 1919.


Palavras-chave: Eclipse total do Sol, Expediçãobrasileira, Eclipse de 29 de maio de 1919.


Em 29 de Maio de 1919, na roça Sundy, ilha do Príncipe, num eclipse total, Eddington confirma a teoria da relatividade geral de Einstein pela primeira vez ao fotografar estrelas por detrás do Sol obscurecido. Fez-se história. Em Sobral, colegas de Eddington fotografam o mesmo eclipse e também concluem que a luz de estrelas distantes sofre uma deflexão ao passar pelo campo gravitacional do Sol conforme a relatividade geral. Com a comprovação da relatividade geral, uma teoria da gravitação a nível fundamental, a física passou a ser relativista em definitivo e delineou-se o seu futuro. A primeira guerra mundial tinha terminado há poucos meses e as feridas profundas entre as nações ainda estavam longe de sarar.
A ciência queria estar acima disso mostrando que as pessoas e povos podiam se unir por um objetivo comum.
Este ano comemorou-se os 100 anos deste feito com a conferência científica “From Einstein and Eddington to LIGO: 100 years of gravitational light deflection” no Príncipe para celebrar este marco. Reportamos aqui essa conferência de celebração.


Este texto efetua uma breve apresentação do sistema de unidades de medida legais em Portugal, o Sistema Internacional de unidades (SI), bem como as regras de escrita de unidades de medida, grandezas de medição e valores de grandeza. Tendo como base a legislação nacional, a 9.ª edição do Sistema Internacional de unidades (publicada pelo Bureau Internacional
de Pesos e Medidas, aquando da adoção do novo SI) e documentos normativos internacionais, europeus e nacionais, este documento pretende assim dar um panorama atualizado sobre as regras de escrita das unidades de medida e grandezas de medição, em Portugal.


Neste trabalho, vamos apresentar um processo em que usamos um software que transforma o computador (PC) num osciloscópio digital e uma aplicação para telemóvel de modo a ser possível determinar diretamente o comprimento de onda de uma onda sonora no ar e indiretamente o valor da sua velocidade.


As roldanas são máquinas simples, geralmente apresentadas por meio de figuras esquemáticas e por um modelo ideal que, nalgumas montagens, demonstra que uma força potente pode ser menor que uma força resistente. Contudo, os valores experimentais medidos não coincidem com os valores calculados.
Neste trabalho apresenta-se um modelo que tem em conta mais componentes do sistema. Com esta abordagem, o desvio entre os valores obtidos experimentalmente e os valores obtidos pela aplicação do modelo, é menor.


No relatório “Perfil do Docente” recentemente publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), os dados mostram o envelhecimento da população docente, particularmente no que respeita aos professores de Física e Química. Este fator é um indicador importante que sinaliza a possibilidade não só, num curto espaço de tempo, do sistema necessitar de novos professores, como também a necessidade de se formar mais professores de Física e Química.


Certamente tens ouvido falar de exoplanetas. Sabes o que são? São astros como a Terra, Júpiter, Neptuno ou qualquer outro planeta do sistema solar mas que giram em torno de uma estrela que não é o Sol. 
Se pensares, poderás perguntar: porque é que as outras estrelas do Universo, e há tantas, não hão-de ter, também elas, planetas a rodar em torno de si, do mesmo modo que o Sol tem? Já no século XVI o filósofo Giordano Bruno defendeu esta ideia!


Este livro reproduz a tese de Doutoramento em História e Filosofia da Ciência do investigador Quintino Lopes apresentada na Universidade de Évora em julho de 2017. Tem o mérito de trazer ao grande público a história de uma instituição portuguesa de apoio à investigação científica, a Junta de Educação Nacional (JEN) e os seus esforços de modernização do trabalho científico nacional numa continuidade entre a I República e a Ditadura Nacional e Estado Novo. Com prefácio de Ana Simões e uma breve Introdução com a apresentação do tema e do método, o corpo do livro é composto por seis capítulos, uns mais desenvolvidos que outros de acordo com as fontes disponíveis e caraterísticas dos temas abordados.


A Sociedade Portuguesa de Física (SPF) associou-se à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no dia 15 de novembro para de um modo singelo, comemorar o Dia Mundial da Ciência para a Paz e Desenvolvimento, iniciativa das Nações Unidas celebrada a 10 de novembro, e que no ano de 2019 teve o lema “Ciência Aberta, não deixar ninguém para trás”
e entre nós “A Física para um desenvolvimento equilibrado”.


Na tarde de 15 de novembro de 2019 reuniu-se a Assembleia Constitutiva da UFPLP com a presença de físicos dos seguintes seis países da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
A reunião teve lugar no Palácio Penafiel, sede da CPLP. Após a aprovação dos Estatutos da União, por unanimidade dos presentes, foram eleitos os Órgãos Sociais.


A XXXV edição das Olimpíadas de Física decorreu no dia 4 de maio de 2019 em cinco locais distintos (em simultâneo): os Departamentos de Física das Universidades do Porto, de Coimbra e de Lisboa, a Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, e a Universidade da Madeira, no Funchal. Estiveram envolvidos nesta atividade 447 alunos do 9º ano, provenientes de 146 escolas diferentes, e 482 alunos do 11º ano, oriundos de 170 escolas.


A segunda e última etapa das XXXV Olimpíadas de Física, as Olimpíadas Nacionais de Física, foi organizada pela Delegação Centro e decorreu no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, nos dias 31 de maio e 1 de junho de 2019. Participaram na  etapa nacional todos os premiados da etapa regional, isto é, 33 alunos do escalão A, divididos em 11 equipas (3 equipas do Norte, Centro e Sul, e 1 equipa da Madeira e dos Açores), e 36 alunos do escalão B (10 alunos do Norte, Centro e Sul, e 3 alunos da Nadeira e dos Açores) .


As Olimpíadas Internacionais de Física decorreram em Tel Aviv, de 7 a 15 de julho de 2019, tendo participado na competição 364 estudantes do ensino secundário de 78 países. Nesta competição os estudantes sujeitam-se a duas provas (uma experimental e uma teórica) que decorrem em dois dias diferentes e têm uma duração de 5 horas cada. A maioria dos temas abordados não consta dos programas oficiais do ensino secundário português, incluindo sobretudo assuntos que são abordados apenas no primeiro ano dos cursos universitários de Física e alguns tópicos que são abordados no segundo ano desses cursos.


A XXIII Olimpíada Ibero-americana de Física decorreu em São Salvador, em El Salvador, de 6 a 13 de setembro de 2019. Participaram na competição 70 estudantes de 19 países do espaço ibero-americano. A liderança da delegação portuguesa, de quatro estudantes, esteve a cargo de João Carlos Carvalho e Isabel Lopes, da Universidade de Coimbra. A delegação portuguesa obteve duas medalhas de bronze e duas menções honrosas. O vencedor absoluto desta olimpíada foi um estudante brasileiro, Vinícius de Alcântara Névoa.


Olimpíada da Ciência da União Europeia (EUSO) decorreu em Almada, em Portugal, de 4 a 11 de maio de 2019. A Olimpíada da Ciência da União Europeia é uma competição destinada a estudantes que ainda não tenham completado 17 anos a 31 de dezembro do ano anterior, e consiste em atividades experimentais integrando conteúdos da Física, da Biologia e da Química. A Sociedade Portuguesa de Física colabora nesta iniciativa, que é coordenada pela Direção Geral de Educação. Este ano, duas equipas portuguesas (Nuno Carneiro, Diogo Heleno, Gabriel Almeida e João Ferreira, Guilherme Oliveira, Manuel Leite) obtiveram medalhas de prata, enquanto as outras duas equipas (Rita Lopes, David Freiria, Gonçalo Monteiro e Ana Marta Mendes, Lara Pereira, António Martins) obtiveram medalhas de bronze. Isaura de Jesus Vieira da DGE é Coordenadora Nacional da EUSO e foi Diretora da EUSO 2019.



Dois mil e dezanove foi inegavelmente, um ano de reconhecimento do trabalho dos professores de Física e Química!
Começámos em julho com a entrega da alta distinção da Sociedade Europeia de Física (EPS), o EPS Secondary School Teaching Award, ao colega Jorge António da Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo. Jorge António encontra-se atualmente em Timor Lorosae no âmbito do projeto CAFÉ, para a implementação de Centros de Aprendizagem e Formação Escolar em Timor Lorosae.


De quatro a oito de novembro realizou-se, em Coimbra, o curso “Regional Training Course on Quality Assurance and Dosimetry in Computed Tomography” promovido pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Este curso insere-se no conjunto de atividades planeadas pela AIEA, no âmbito do projeto RER6038-“Applying Best Practices for Quality and Safety in Diagnostic Radiology”, para o período 2018-2021.


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